quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A Capela de Vegide será uma Qubba (islâmica) ?

É interessante o estudo de Luís Lobato de Faria que vem confirmar a tese de Pinho Leal e atestar uma vez mais a antiguidade e história deste monumento e dos que lhe estão associados (Casa da Torre de Vegide e Pias dos Mouros).
Diz - se na base de dados da DGPC. Segundo a tradição, a Casa de Vegide terá pertencido a D. Trutezendo Guedes, senhor de Paiva e bisavô materno de Santo António de Lisboa. A quinta foi aumentada ao longo das centúrias, passando por descendência para a família Pinto de Vegide. 
A capela terá sido edificada no início século XVII, apresentando um modelo de gosto maneirista, muito utilizado na edificação de oratórios em quintas a partir de meados do século XVI, que neste caso possui um carácter rural, pouco erudito. 
É um tempietto de planta rectangular coberto por uma cúpula de tijolo, sem qualquer elemento decorativo exterior. O portal principal apresenta uma moldura rectangular com empena encimada por três pináculos. Sobre a fachada, no eixo do portal, foi colocada um nicho, que originalmente devia albergar a imagem do orago da capela, actualmente desconhecido.
No interior, um espaço único coberto por cúpula, destacam-se os azulejos seiscentistas e o que resta da estrutura do retábulo, de talha barroca setecentista.
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/ 9 de Maio de 2005”, 

Não se diz  no entanto o que pensava e escreveu na sua obra Pinho Leal. Este autor do sec. XIX refere que em  em Vegide, há uma ermida que foi templo romano e depois mesquita mourisca. Também as Pias dos Mouros - outro monumento classificado, (de que já temos falado) - para este autor, constitui evidente vestígio de um almocabar (cemitério) dos muçulmanos.

Tese recente vem reforçar este entendimento ao apresentar um levantamento de edificações - na maior parte a sul - que em tudo se assemelham ao nosso monumento "Capela da Quinta de Vegide"





Monumento Classificado
Classificado como IM - Interesse Municipal. A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112 da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001 
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977  na aplicação/base de dados dos monumentos classificados da DGPC diz-se que















escreveu Martinho Rocha

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